sábado, 31 de dezembro de 2011

Fim de ano.

Mais um ano finaliza. 
Enquanto isso, a humanidade continua pretendendo ser feliz. E talvez não haja nada mais legítimo que isso.

A felicidade não é um estado final ao qual se chega e, depois disso, não há mais nada a fazer. O mesmo vale para o sucesso. Uma coisa é chegar lá, outra diferente, e mais trabalhosa, é preservar o que foi conquistado.

Na religião oriental, mais sábia do que a nossa, há três aspectos divinos: o Criador, o Preservador e o Destruidor.
O Criador brinda com vida para que todos os caminhos sejam iniciados.
O Preservador brinda com luz e sabedoria para que, uma vez acertados os caminhos, os humanos buscadores possam continuar neles.
E o destruidor se encarrega de brindar com força para pulverizar os obstáculos e desintegrar as estruturas que o tempo torna decadentes.

A Felicidade que a humanidade, confusamente, procura não está em nenhum lugar específico, nem relacionada a nenhum ato em especial. A Felicidade é uma conquista que se faz todos os dias, em todos os momentos, em cada pequena e grande atitude.



Que 2012 seja um ano de muitas felicidades para todos nós!!!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Você tem experiência?

No processo de seleção da Volkswagen do Brasil, os candidatos deveriam responder a seguinte pergunta: 'Você tem experiência?'
A redação abaixo foi desenvolvida por um dos candidatos. Ele foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso, e com certeza ele será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia e acima de tudo por sua alma.
Redação Vencedora:
Já fiz cosquinha na minha irmã pra ela parar de chorar.
Já me queimei brincando com vela.
Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto.
Já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.
Já passei trote por telefone.
Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.
Já roubei beijo.
Já confundi sentimentos.
Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro.
Já me cortei fazendo a barba apressado.
Já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que eram as mais difíceis de esquecer.
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas.
Já subi em árvore pra roubar fruta.
Já caí da escada de bunda.
Já fiz juras eternas.
Já escrevi no muro da escola.
Já chorei sentado no chão do banheiro.
Já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.
Já corri pra não deixar alguém chorando.
Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado.
Já me joguei na piscina sem vontade de voltar.
Já bebi uísque até sentir dormente os meus lábios.
Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso.
Já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua.
Já gritei de felicidade.
Já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um 'para sempre' pela metade.
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol.
Já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas...
Tantos momentos fotografados pelas lentes da emoção e guardados num baú, chamado coração.
E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: 'Qual sua experiência?' Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência... experiência... Será que ser 'plantador de sorrisos' é uma boa experiência? Sonhos!!! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos! Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta: Experiência? Quem a tem, se a todo o momento tudo se renova?

A importância de ser você mesmo

Certo dia, um Samurai, que era um guerreiro muito orgulhoso, veio ver um Mestre Zen. Embora fosse muito famoso, ao olhar o Mestre, sua beleza e o encanto daquele momento, o samurai sentiu-se repentinamente inferior.
Ele então disse ao Mestre:
- "Por que estou me sentindo inferior? Apenas um momento atrás, tudo estava bem. Quando aqui entrei, subitamente me senti inferior e jamais me sentira assim antes. Encarei a morte muitas vezes, mas nunca experimentei medo algum. Por que estou me sentindo assustado agora?"
O Mestre falou:
- "Espere. Quando todos tiverem partido, responderei."
Durante todo o dia, pessoas chegavam para ver o Mestre, e o samurai estava ficando mais e mais cansado de esperar. Ao anoitecer, quando todos tinham saído, o samurai perguntou novamente:
- "Agora você pode me responder por que me sinto inferior?"
O Mestre o levou para fora. Era um noite de lua cheia e a lua estava justamente surgindo no horizonte. Ele disse:
- "Olhe para estas duas árvores: a árvore alta e a árvore pequena ao seu lado. Ambas estiveram juntas ao lado de minha janela durante anos e nunca houve problema algum. A árvore menor jamais disse à maior: "Por que me sinto inferior diante de você? " Esta árvore é pequena e aquela é grande - este é o fato, e nunca ouvi sussurro algum sobre isso."
O samurai então argumentou:
- "Isto se dá porque elas não podem se comparar."
E o Mestre replicou:
Então não precisa me perguntar, você sabe a resposta. Quando você não compara, toda a inferioridade e superioridade desaparecem. Você é o que é e simplesmente existe. Um pequeno arbusto ou uma grande e alta árvore, não importa, você é você mesmo.
Uma folhinha da relva é tão necessária quanto a maior das estrelas. O canto de um pássaro é tão necessário quanto qualquer Buda, pois o mundo será menos rico se este canto desaparecer.
Simplesmente olhe à sua volta. Tudo é necessário e tudo se encaixa. É uma unidade orgânica: ninguém é mais alto ou mais baixo, ninguém é superior ou inferior. Cada um é incomparavelmente único. Você é necessário e basta. Na Natureza, tamanho não é diferença. Tudo é expressão igual de vida!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Ser feliz é uma decisão

Uma senhora de 92 anos, delicada, bem vestida, com o cabelo bem penteado e um semblante calmo, precisou se mudar para uma casa de repouso.
Seu marido havia falecido recentemente e a mudança se fez necessária, pois ela era deficiente visual e não havia quem pudesse ampará-la em seu lar.
Uma neta dedicada a acompanhou.
Após algum tempo aguardando pacientemente na sala de espera, a enfermeira veio avisá-las que o quarto estava pronto.
Enquanto caminhavam, lentamente, até o elevador, a neta, que já havia vistoriado os aposentos, fez-lhe uma descrição visual de seu pequeno quarto, incluindo as flores na cortina da janela.
A senhora sorriu docemente e disse com entusiasmo: Eu adorei!
Mas a senhora nem viu o quarto... Observou a enfermeira.
Ela não a deixou continuar e acrescentou:
A felicidade é algo que você decide antes da hora. Se eu vou gostar do meu quarto ou não, não depende de como os móveis estão arranjados, e sim de como eu os arranjo em minha mente.
E eu já me decidi gostar dele...
E continuou: é uma decisão que tomo a cada manhã quando acordo. Eu tenho uma escolha, posso passar o dia na cama remoendo as dificuldades que tenho com as partes de meu corpo que não funcionam há muito tempo, ou posso sair da cama e ser grata por mais esse dia.
Cada dia é um presente, e meus olhos se abrem para o novo dia das memórias felizes que armazenei...
A velhice é como uma conta no banco, minha filha... De onde você só retira o que colocou antes.
Comece, sem demora, a depositar felicidade na conta do banco das suas lembranças, para poder resgatar sempre que desejar.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A gardênia branca

Todo ano em meu aniversário, desde que fiz 12 anos, uma gardênia branca me era entregue anonimamente em minha casa. Nunca havia um cartão ou uma nota, e as chamadas à floricultura eram em vão porque a compra era feita sempre em dinheiro. Após um tempo, eu parei de tentar descobrir a identidade do remetente. Me deliciava apenas com a beleza e o perfume mágico daquela perfeita flor branca suavemente envolvida em papel rosa. Mas eu nunca parei de imaginar quem poderia ser o remetente. Passei alguns de meus mais felizes momentos em devaneios sobre alguém maravilhoso e emocionante, mas demasiado tímido para tornar conhecida sua identidade. Em minha adolescência, era divertido especular que o remetente poderia ser um menino apaixonado. Minha mãe sempre contribuía com minhas especulações. Perguntava-me se haveria alguém para quem eu tivesse feito uma bondade especial, que pudesse demonstrar a apreciação anonimamente. Lembrou-me dos tempos em que eu deixava minha bicicleta para ajudar nosso vizinho a descarregar o carro e cuidar para que as crianças não fossem para a rua. Ou talvez o misterioso remetente fosse o senhor idoso do outro lado da rua. Eu frequentemente recolhia sua correspondência na caixa e a entregava, assim ele não teria que se arriscar descendo a escada gelada.
Minha mãe fez o melhor que pôde para aguçar minha imaginação sobre a gardênia. Queria que suas crianças fossem criativas. Também queria que tivéssemos a sensação de sermos estimados e amados, não apenas por ela, mas pelo mundo todo. Quando fiz 17 anos, um menino machucou meu coração. Naquela noite tudo o que eu queria era dormir. Quando acordei pela manhã, havia uma mensagem, feita com batom, em meu espelho: "Saiba, quando meio-deus se vai, os deuses chegam". Pensei sobre essa frase por muito tempo, e a deixei onde minha mãe a escreveu até que meu coração se curasse. Quando eu limpei o vidro, minha mãe sabia que tudo estava bem novamente.
Mas havia algumas feridas que minha mãe não poderia curar. Um mês antes de minha formatura, meu pai morreu, repentinamente, de um ataque de coração. Me desinteressei completamente por minha formatura e pelo baile, pelo qual eu tinha esperado muito.
Minha mãe, em meio à seu próprio sofrimento, não admitia que eu faltasse. Um dia antes da morte de meu pai, ela e eu saímos para comprar um vestido para o baile e encontramos um espetacular. Mas era do tamanho errado, e quando meu pai morreu, no dia seguinte, eu me esqueci do vestido.
Minha mãe não. Um dia antes do baile, eu encontrei o vestido esperando por mim - no tamanho certo. Eu posso não ter me importado em ter um belo vestido novo, mas minha mãe se importou.
Ela se importava em como suas crianças se sentiam sobre si mesmas. Ela nos imbuiu com um sentido mágico e nos deu habilidade de ver a beleza mesmo na hora da adversidade.
Na verdade, minha mãe queria que suas crianças se vissem como a gardênia: encantadora, forte, perfeita, com uma aura mágica e um pouco de mistério.
O ano em que minha mãe morreu foi o ano em que pararam de chegar as gardênias.

A mente humana

A mente humana grava e executa tudo que lhe é enviado, seja através de palavras, pensamentos ou atos, seus ou de terceiros, sejam positivos ou negativos, basta que você aceite-os. Essa ação sempre acontecerá, independente se traga ou não resultados positivos para você.
Um cientista queria provar essa teoria.
Precisava de um voluntário que chegasse às últimas consequências. Conseguiu um em uma penitenciaria.
Era um condenado à morte que seria executado na cadeira elétrica e propôs a ele o seguinte:
"Participaria de uma experiência científica, na qual seria feito um pequeno corte em seu pulso, o suficiente para gotejar seu sangue até a gota final."
Ele teria uma chance de sobreviver, caso o sangue coagulasse.
Se isso acontecesse, seria libertado; caso contrário, faleceria pela perda do sangue. Porém, teria uma morte sem sofrimento e sem dor.
O condenado aceitou, pois era preferível desse jeito à morrer na cadeira elétrica e ainda teria uma chance de sobreviver.
O condenado foi colocado em uma cama alta, dessas de hospital e amarram seu corpo para que não se movesse. Vendaram seus olhos e fizeram um pequeno corte em seu pulso. Abaixo do pulso, foi colocada uma pequena vasilha de alumínio.
Foi dito ao condenado que ouviria o gotejar do sangue na vasilha.
O corte foi superficial e não atingiu nenhuma artéria ou veia, mas foi o suficiente para sentisse que seu pulso fora cortado. Sem que ele soubesse, debaixo da cama, tinha um frasco de soro com uma pequena válvula. Ao cortarem o pulso, abriram a válvula do frasco para que acreditasse que era o sangue dele que estava caindo na vasilha de alumínio.
Na verdade, era o soro do frasco que gotejava!
De dez em dez minutos, o cientista, sem que o condenado visse, fechava um pouco a válvula do frasco e o gotejamento diminuía.
O condenado acreditava que era seu sangue que diminuía. Com o passar do tempo, foi perdendo a cor e ficando mais pálido.
Quando o cientista fechou por completo a válvula, o condenado teve uma parada cardíaca e faleceu, sem ter perdido sequer uma gota de sangue!
O cientista conseguiu provar que a mente humana cumpre, exatamente, tudo que é enviado e aceito pelo seu hospedeiro, seja positivo ou negativo e que sua ação envolve todo o organismo, quer seja na parte orgânica ou psíquica.
Essa história é um pouco triste, mas é um alerta para filtramos o que enviamos para nossa mente, pois ela não distingue o real da fantasia, o certo do errado; simplesmente grava e cumpre o que é enviado.
Quem pensa em fracassar, já fracassou mesmo antes de tentar.
Somos o que pensamos e acreditamos ser!

sábado, 24 de dezembro de 2011

Oração para noite de Natal

Senhor, enfim é Natal!

E neste ano não quero presentes...

Quero mais que presentes... Quero FELICIDADE!!!

Ao invés de receber uma jóia, eu quero sorrisos de diamantes.

Troco qualquer presente material pela felicidade da minha família e de todo o mundo, pela paz em nossos corações, pela coragem para lutarmos, pela bravura de não desistirmos, pela perseverança de viver.

Aprendi que "presente" é o que conquistamos no decorrer da vida, dos atos que praticamos, do amor incondicional, da bondade que exercemos, das amizades que fazemos e preservamos.

Aprendi que "presente" é a saúde que temos, a casa que moramos, a comida na mesa, o trabalho que glorificamos, o aconchego dos amigos, os filhos que abençoamos, a harmonia em nosso lar e a paz em nosso espírito.

Descobri quais são as maiores riquezas... são as dádivas, que com muito amor cultivamos pela vida.

E sei que por isso, hoje sou rico... muito rico. Hoje posso presentear a todos que desejo:

- a minha família, dou o meu amor;

- aos amigos, compreensão e lealdade.

Se posso doar tudo isso, sei que existe alguém, eternamente superior a mim, muito mais rico e poderoso. Por isso tomo a liberdade de pedir-lhe o que foge de meu alcance:

- aos pobres, desamparados e menos favorecidos, coragem, proteção, oportunidades e conquistas;

- aos ricos e poderosos, benevolência, caridade, justiça e atitudes;

- aos enfermos, saúde, esperança e força;

- a humanidade, paz e muita luz.

Aprendi também o verdadeiro significado do Natal e do Papai Noel. O verdadeiro Papai Noel é aquele que ama a Jesus e ao próximo como a si mesmo, aquele que dá, sem nada pedir ou esperar em troca, aquele que ajuda e orienta sem egoísmo, aquele que dá o que possui de sobra e divide o que tem com quem mais precisa.

E o verdadeiro Natal vem de todas essas conquistas e glórias. Vem da certeza de que podemos, a cada ano, dar o melhor de nós, tendo a certeza de estarmos enobrecendo nossa alma e evoluindo nosso espírito.

TODOS nós portanto, podemos ser o verdadeiro Papai Noel.

Sei que não sou perfeito, pois sou um ser humano, sujeito a erros e provações. Por isso não estou impune de cometer erros. Portanto, peço perdão aqueles que, por acaso, magoei e feri e desculpas se alguém prejudiquei.

Mas graças ao Senhor, tenho a oportunidade de acordar todos os dias e poder consertar os meus erros e defeitos, esperando o seu perdão e pretendendo ser, cada vez mais, uma pessoa melhor.

Não devo esquecer também de agradecer ao Senhor, por tudo que recebo e por tudo o que sou, por todos os acertos, as oportunidades, pelo sol de cada amanhecer.

Tudo isso é mais do que um presente e agradeço também por merecê-lo.

Espero que nesta data, todos os seus filhos te louvem pelas dádivas alcançadas e que brote, no coração de cada um, a semente do amor, da justiça, da humildade, da igualdade e da fraternidade, da mesma maneira que você sempre fez conosco.

Que sejamos sempre abençoados e merecedores dessas bênçãos.



Os cinco sinos

Era uma vez um hotel chamado Estrela de Prata. O hoteleiro não conseguia fazer a receita cobrir as despesas, embora se esforçasse ao máximo para atrair hóspedes oferecendo um hotel confortável, um serviço cordial e preços razoáveis. Por isto, desesperado, foi consultar um sábio.
- É muito simples. Você deve mudar o nome do hotel.
- Impossível, - retrucou o hoteleiro. - Há gerações ele é Estrela de Prata, assim é conhecido em todo o país.
- Não, - disse o sábio com firmeza. - Agora você deve chamá-lo de Cinco Sinos e, na entrada, colocar uma fileira de seis sinos.
- Seis sinos? Isso é absurdo! De que adiantaria?
- Experimente e verá, - recomendou o sábio com um sorriso.
Então, o hoteleiro experimentou, e eis o que viu: cada viajante que passava pelo hotel fazia questão de entrar para apontar o erro, acreditando que ninguém o notara. Uma vez lá dentro, impressionava-se com a cordialidade dos serviços e ficava para repousar, propiciando ao hoteleiro, desse modo, rendimentos que ele não conseguira por tanto tempo.
Às vezes, o esforço, a persistência e a insistência não são suficientes para levar-nos ao objetivo almejado. É preciso mudar.
Mudar conceitos, a forma de pensar, a forma de agir. Mudar o caminho traçado.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Doação

Havia uma garota cega que se odiava pelo fato de ser cega!
Ela também odiava a todos... exceto seu namorado!
Um dia ela disse que se pudesse ver o mundo, ela se casaria com ele. Em um dia de sorte, alguém doou um par de olhos a ela! Então o seu namorado perguntou a ela:
- Agora que você pode ver, você se casa comigo?
A garota ficou chocada quando viu que seu namorado era cego! Ela disse:
- Eu sinto muito, mas não posso me casar com você porque você é cego!
O namorado afastando-se dela em lágrimas disse:
- Por favor, apenas cuide bem dos meus olhos... eles eram muito importantes pra mim...
Nunca despreze quem te ama! Às vezes, as pessoas fazem certos sacrifícios e nós nem ligamos...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Esopo e a língua

Esopo era um escravo de rara inteligência que servia à casa de um conhecido chefe militar da antiga Grécia. Certo dia, em que seu patrão conversava com outro companheiro sobre os males e as virtudes do mundo, Esopo foi chamado a dar sua opinião sobre o assunto, ao que respondeu seguramente:
- Tenho a mais absoluta certeza de que a maior virtude da Terra está à venda no mercado.
- Como? Perguntou o amo surpreso. Tens certeza do que está falando? Como podes afirmar tal coisa?
- Não só afirmo, como, se meu amo permitir, irei até lá e trarei a maior virtude da Terra.
Com a devida autorização do amo, saiu Esopo e, dali a alguns minutos voltou carregando um pequeno embrulho. Ao abrir o pacote, o velho chefe encontrou vários pedaços de língua, e, enfurecido, deu ao escravo uma chance para explicar-se.
- Meu amo, não vos enganei, retrucou Esopo. A língua é, realmente, a maior das virtudes. Com ela podemos consolar, ensinar, esclarecer, aliviar e conduzir. Pela língua os ensinos dos filósofos são divulgados, os conceitos religiosos são espalhados, as obras dos poetas se tornam conhecidas de todos.
- Acaso podeis negar essas verdades, meu amo?
- Boa, meu caro, retrucou o amigo do amo. Já que és desembaraçado, que tal trazer-me agora o pior vício do mundo.
- É perfeitamente possível, senhor, e com nova autorização de meu amo, irei novamente ao mercado e de lá trarei o pior vício de toda terra.
Concedida a permissão, Esopo saiu novamente e dali a minutos voltava com outro pacote semelhante ao primeiro. Ao abri-lo, os amigos encontraram novamente pedaços de língua. Desapontados, interrogaram o escravo e obtiveram dele surpreendente resposta:
- Por que vos admirais de minha escolha? Do mesmo modo que a língua, bem utilizada, se converte numa sublime virtude, quando relegada a planos inferiores se transforma no pior dos vícios. Através dela tecem-se as intrigas e as violências verbais. Através dela, as verdades mais santas, por ela mesma ensinadas, podem ser corrompidas e apresentadas como anedotas vulgares e sem sentido. Através da língua, estabelecem-se as discussões infrutíferas, os desentendimentos prolongados e as confusões populares que levam ao desequilíbrio social. Acaso podeis refutar o que digo? indagou Esopo.
Impressionados com a inteligência invulgar do serviçal, ambos os senhores calaram-se, comovidos, e o velho chefe, no mesmo instante, reconhecendo o disparate que era ter um homem tão sábio como escravo, deu-lhe a liberdade. Esopo aceitou a libertação e tornou-se, mais tarde, um contador de fábulas muito conhecido da antiguidade e cujas histórias até hoje se espalham por todo mundo.

Quatro velas e uma criança

Quatro velas estavam queimando calmamente. O ambiente estava tão silencioso que podia-se ouvir o diálogo que travavam:
A primeira vela disse:
- Eu sou a Paz! Apesar de minha luz as pessoas não conseguem manter-me, acho que vou apagar. E diminuindo devagarzinho, apagou totalmente.
A segunda vela disse:
- Eu me chamo Fé! Infelizmente sou muito supérflua. Há pessoas que não querem saber de mim. Não faz sentido continuar queimando.
Ao terminar sua fala, um vento leve bateu sobre ela, e ela se apagou. Falando baixinho e com tristeza a terceira vela se manifestou:
- Eu sou o Amor! Não tenho mais forças para queimar. As pessoas me deixam de lado, só conseguem se enxergar, esquecem até daqueles à sua volta que as amam. E sem demora apagou-se.
De repente... entrou uma criança e viu as três velas apagadas.
- Que é isto? Vocês deviam queimar e ficar acesas até o fim.
Dizendo isso começou a chorar. Então a quarta vela falou:
- Não tenha medo criança, enquanto eu queimar podemos acender as outras velas, eu sou a Esperança.
A criança com os olhos brilhantes pegou a vela que restava e acendeu todas as outras...
"Que a vela da esperança nunca se apague dentro de nós..."

Deusa do sal

Conta uma lenda que em uma ilha longínqua vivia uma solitária deusa de sal. Ela era apaixonada pelo mar.
Passava dias, noites, horas na praia observando o balanço de suas ondas, sua beleza, seu mistério, sua magnitude. Um desejo enorme começou a apossar-se do seu coração: experimentar toda aquela beleza.
Esse desejo foi aumentando até que um dia a deusa resolveu entrar no mar. Logo que ela colocou os pés no mar, eles sumiram, derreteram-se.
Encantada com ele, ela seguiu em frente e suas pernas e coxas desapareceram.
A deusa, entretanto, seguiu adiante, sentindo partes do seu corpo derretendo-se, até ficar apenas com o rosto do lado de fora.
Uma estrela que observava tudo falou:
- Linda deusa, você vai desaparecer por completo. Daqui a pouco você não mais existirá.
A água do mar desfazia o rosto da deusa, mas ela respondeu fazendo um esforço:
- Continuarei existindo, porque agora eu sou o mar também.
Para conhecer e experimentar é preciso permitir-se, ir em frente. Quando isto acontece, a mudança se dá, mudamos.
A deusa mudou transformando-se em mar e fazendo parte dele, passou a ser o mar que ela tanto admirava da praia.
O mar por sua vez, também se transformou, porque foi salgado pela deusa. Ambos experimentaram a mudança: a deusa e o mar.

domingo, 18 de dezembro de 2011

A importância de saber quem de fato somos

Conta-se que numa aldeia distante, ao sul de Varsóvia, um de seus habitantes mais pobres recebeu um bilhete de trem para visitar um primo muito rico.
Ele chegou à ferroviária segurando o seu bilhete.
Como nunca tinha viajado de trem, José não sabia como agir.
Ele percebeu que havia um grupo de pessoas bem vestidas e imaginou que não deveria se sentar com elas.
No fundo da estação, ele viu um grupo de malandros maltrapilhos. Ele se juntou a eles imaginando que aquele era o seu lugar.
Os passageiros da primeira classe embarcaram, mas os maltrapilhos ficaram aguardando. De repente, ouviu-se um apito e o trem começou a se movimentar. Os malandros pularam para dentro do vagão de bagagens, e José entrou com eles, ficando encolhido em um canto escuro do vagão, segurando a sua passagem com medo.
Ele aguentou firme, imaginando que aquele era o seu lugar. Até que a porta do vagão abriu e entrou o maquinista acompanhado de dois policiais. Eles reviraram as bagagens até que encontraram José e seus amigos no fundo do vagão.
O maquinista então perguntou:
- "Posso ver os bilhetes?"
José prontamente se levantou e apresentou o seu bilhete.
O maquinista analisou a passagem e começou a gritar: 
- "Meu rapaz, você tem uma passagem de primeira classe. O que você está fazendo aqui no vagão de carga?" 
E o maquinista concluiu: 
- "Quando se tem um bilhete de primeira classe, o indivíduo deve se comportar como um passageiro de primeira classe".
Desse episódio podemos concluir o quanto é importante se conhecer e, portanto buscar caminhos para o nosso autoconhecimento, para que assim possamos estar ocupando na vida, lugares que dizem respeito a nós mesmos.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Feche a boca e abra os braços

Uma menina de quatro anos derrubou o abajur de seu quarto. 
A mãe depois de certificar de que a filha não estava machucada, pensou sobre aquele abajur ser uma antiguidade, sobre estar em sua família há três gerações, sobre ela precisar ter mais cuidado e como foi que aquilo tinha acontecido – e só então percebeu o pavor estampado no rosto da filha. Os olhos estavam arregalados, o lábio tremia. 
A mãe lembrou das palavras de sua mãe que sempre dizia: "Quando uma criança está em apuros, feche a boca e abra os braços".
Então ela abriu os braços e a filha correu para eles dizendo:
– Desculpa... Desculpa – repetia, entre soluços. 
Sentaram-se na cama, abraçadas, se embalando. A mãe se sentia péssima por tê-la assustado e por fazê-la crer, até mesmo por um segundo, que aquele abajur era mais valioso do que ela.
– Eu também sinto muito – disse a mãe quando a filha se acalmou - Gente é mais importante do que abajures. Ainda bem que você não se cortou.
Ambas se perdoaram. O incidente do abajur não deixou marcas perenes. 
É melhor segurar a língua do que tentar voltar atrás após um momento de fúria, medo, desapontamento ou frustração.

A mãe com câncer

Uma jovem mãe, submetida a um tratamento contra câncer, voltou do hospital sem cabelos, por causa da radioterapia, e muito consciente da sua aparência.
Estava sentada na cozinha, quando seu filho apareceu na porta, olhando-a curiosamente.
Quando a mãe iniciou o discurso que ensaiara para ajudá-lo a entender o que via, o menino se aproximou e aconchegou-se em seu colo, quietinho, a cabeça recostada em seu peito.
A mãe acariciou a cabecinha do filho e disse: 
- "Você vai ver como daqui a pouco o meu cabelo vai crescer e eu vou ficar melhor, como era antes."
O menininho se levantou, olhou para a mãe pensativo. Com a espontaneidade de seus seis anos, respondeu: 
- "Seu cabelo está diferente, mas seu coração está igualzinho."
A mãe não precisava mais esperar por "daqui a pouco" parar melhorar. Com os olhos cheios de lágrimas, ela se deu conta de que já estava muito melhor.

Luz na escuridão

Um dia, um menino de 3 anos estava na oficina do pai, vendo-o fazer arreios e selas. Quando crescesse, queria ser igual ao pai. Tentando imitá-lo, tomou um instrumento pontudo e começou a bater numa tira de couro. O instrumento escapou da pequena mão, atingindo-lhe o olho esquerdo.
Logo mais, uma infecção atingiu o olho direito e o menino ficou totalmente cego.
Com o passar do tempo, embora se esforçasse para se lembrar, as imagens foram gradualmente desaparecendo e ele não se lembrava mais das cores. Aprendeu a ajudar o pai na oficina, trazendo ferramentas e peças de couro.
Ia para a escola e todos se admiravam da sua memória. De verdade, ele não estava feliz com seus estudos. Queria ler livros. Escrever cartas, como os seus colegas. Um dia, ouviu falar de uma escola para cegos.
Aos dez anos, Louis chegou a Paris, levado pelo pai e se matriculou no instituto nacional para crianças cegas. Ali havia livros com letras grandes em relevo. Os estudantes sentiam, pelo tato, as formas das letras e aprendiam as palavras e frases. Logo o jovem Louis descobriu que era um método limitado. As letras eram muito grandes. Uma história curta enchia muitas páginas. O processo de leitura era muito demorado. A impressão de tais volumes era muito cara. Em pouco tempo o menino tinha lido tudo que havia na biblioteca.
Queria mais. Como adorava música, tornou-se estudante de piano e violoncelo. O amor à música aguçou seu desejo pela leitura. Queria ler também notas musicais.
Passava noites acordado, pensando em como resolver o problema. Ouviu falar de um capitão do exército que tinha desenvolvido um método para ler mensagens no escuro. A escrita noturna consistia em conjuntos de pontos e traços em relevo no papel. Os soldados podiam, correndo os dedos sobre os códigos, ler sem precisar de luz.
Ora, se os soldados podiam, os cegos também podiam, pensou o garoto. Procurou o capitão Barbier que lhe mostrou como funcionava o método. Fez uma série de furinhos numa folha de papel, com um furador muito semelhante ao que cegara o pequeno.
Noite após noite e dia após dia, Louis trabalhou no sistema de Barbier, fazendo adaptações e aperfeiçoando-o. Suportou muita resistência. Os donos do instituto tinham gasto uma fortuna na impressão dos livros com as letras em relevo. Não queriam que tudo fosse por água abaixo.
Com persistência, Louis Braille foi mostrando seu método. Os meninos do instituto se interessavam. À noite, às escondidas, iam ao seu quarto, para aprender. Finalmente, aos 20 anos de idade, Louis chegou a um alfabeto legível com combinações variadas de um a seis pontos.
O método Braille estava pronto. O sistema permitia também ler e escrever música. A ideia acabou por encontrar aceitação. Semanas antes de morrer, no leito do hospital, Louis disse a um amigo: "Tenho certeza de que minha missão na Terra terminou."
Dois dias depois de completar 43 anos, Louis Braille faleceu. Nos anos seguintes à sua morte, o método se espalhou por vários países.
Finalmente, foi aceito como o método oficial de leitura e escrita para aqueles que não enxergam. Assim, os livros puderam fazer parte da vida dos cegos. Tudo graças a um menino imerso em trevas, que dedicou sua vida a fazer luz para enriquecer a sua e a vida de todos os que se encontram privados da visão física.
Há quem use suas limitações como desculpa para não agir nem produzir. No entanto, como tudo deve nos trazer aprendizado, a sabedoria está, justamente, em superar as piores condições e realizar o melhor para si e para os outros.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Meu coração e minha língua

Meu coração e minha língua fizeram um trato: quando meu coração estiver enfurecido, minha língua guardará silêncio.
As palavras respondem aos sentimentos, e os sentimentos às ideias. Por isso é impossível dominar nossas palavras se não somos senhores de nossos sentimentos; e estes sentimentos irão se acalmando segundo a força de nossas ideias.
A um coração que não se domina, responderão palavras violentas e ferinas; a um coração fechado em si, sucederão palavras e atitudes que depreciam os demais.
Por conseguinte, me calarei quando meu coração não estiver sossegado e em calma; não falarei, pois seguramente me arrependerei do que disser ou, pelo menos, do modo como o disser, ou do momento em que o disser.
Se em geral o coração não costuma ser bom conselheiro, menos o será quando não estiver em paz e não se sentir senhor de si mesmo.

Entrevista com Deus

- Entra! disse Deus. - Então queres entrevistar-me?
- Bem, respondi. Se tens algum tempo para mim...
Ele sorriu atrás da barba e disse:
- O meu tempo chama-se eternidade e chega para tudo! O que queres saber?
- Nada que seja muito difícil para Deus. Quero saber o que é que mais te diverte nos seres humanos?
Ele respondeu:
- Eles fartam-se de serem crianças. Têm pressa por crescer, e depois suspiram por voltar a ser crianças... Primeiro perdem a saúde para ter dinheiro e, logo em seguida, perdem o dinheiro para ter saúde... Pensam tão ansiosamente no futuro que descuidam do presente, e assim, nem vivem o presente nem o futuro...
Vivem como se fossem morrer e morrem como se não tivessem vivido!

Melhor qualificado

Enquanto visitava um amigo que havia sofrido um acidente e tinha de ficar acamado por longo tempo, 'Abdu'l-Bahá contou esta história sobre o propósito do sofrimento.
Era uma vez um rei que queria nomear um de seus súditos para um alto cargo. Mas, ao invés de dar-lhe a colocação, ordenou que o homem fosse jogado na prisão. O homem ficou muito surpreso, pois tinha a expectativa de receber privilégios. O rei ordenou, a seguir, que o homem fosse retirado da prisão e espancado com bastões. Novamente, o homem não conseguia entender, pois ele achava que o rei gostava dele. Depois disso, foi pendurado pelo pescoço, até que ficou quase morto. Quando o homem estava bem, de novo, perguntou ao rei:
- Se vós gostais de mim, porque fazeis todas estas coisas a mim?
E o rei respondeu:
- Eu quero nomeá-lo meu primeiro ministro. Tendo passado por todos estes sofrimentos você agora está melhor qualificado para o cargo.
Eu queria que, sentindo em si próprio, soubesse como é ser punido.
Então, quando você for forçado a punir os outros dessas formas, saberá como é, pois passou por elas. Por te amar, eu quero que se torne perfeito.

A solução

Havia um casal que andava sempre deprimido pelo fato pelo fato de não poder ter filhos. O marido e a mulher já haviam consultado todos os médicos, mestres espirituais, curadeiros e psiquiatras, mas nenhum pôde ajudá-los.
Mais tarde, souberam que um famoso iogue estava em visita a sua cidade. Dizia-se que não havia problema que ele não pudesse resolver. O iogue, depois de verificar o nadi (pulso ) deles, disse:
- Vão embora! E não pensem mais em ter filhos. Vejo que ambos irão morrer dentro de 41 dias. Talvez, se visitarem descalços todos os templos da Índia, possam sobreviver.
Eles ficaram assustados. Não conseguiam mais comer nem dormir direito, mas andaram de cidade em cidade visitando todos os templos que puderam. Até o pensamento de não poderem ter filhos deixou de incomodá-los.
Mas eles não morreram no quadragésimo primeiro dia, como afirmara o iogue. Pelo contrário, depois de alguns dias, a mulher havia engravidado, o que os fez indagar, preocupados: a mulher concebera graças ao iogue ou por causa das peregrinações? A fim de esclarecer essa dúvida, voltaram a procurar o iogue. O iogue sorriu e disse:
- O problema de vocês não era que vocês não pudessem conceber. Era a obesidade. A caminhada fez com que perdessem o excesso de peso e pudessem conceber. Isso não tem nada a ver com as minhas bençãos. Foi a minha ioga sadhana que lhes proporcionou essa maravilhosa situação e transformou toda a vida de vocês.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Expectativas

Um açougueiro estava em sua loja e ficou surpreso quando um cachorro entrou. Ele espantou o cachorro, mas logo o cãozinho voltou. Quando tentou espantá-lo novamente, foi que viu que o animal trazia um bilhete na boca. Ele pegou o bilhete e leu:
- Pode me mandar 12 salsichas e uma perna de carneiro, por favor. Assinado....
Ele olhou e viu que dentro da boca do cachorro havia uma nota de 50 reais. Então pegou o dinheiro, separou as salsichas e a perna de carneiro, colocou numa embalagem plástica junto com o troco, e pôs na boca do cachorro.
O açougueiro ficou impressionado e como já era mesmo hora de fechar o açougue, decidiu seguir o animal. O cachorro desceu a rua, quando chegou ao cruzamento deixou a bolsa no chão, pulou e apertou o botão para fechar o sinal. Esperou pacientemente com o saco na boca até que o sinal fechasse e ele pudesse atravessar a rua. O açougueiro e o cão foram caminhando pela rua, até que o cão parou em uma casa e pôs as compras na calçada. Então, voltou um pouco, correu e se atirou contra a porta. Tornou a fazer isso. Ninguém respondeu na casa. Então, o cachorro circundou a casa, pulou um muro baixo, foi até a janela e começou a bater com a cabeça no vidro várias vezes. Depois disso, caminhou de volta para a porta, e foi quando alguém abriu a porta e começou a bater no cachorro. O açougueiro correu até esta pessoa e o impediu, dizendo:
- Por Deus do céu,o que você está fazendo? O seu cão é um gênio!
A pessoa respondeu:
- Um gênio? Esta já é a segunda vez esta semana que este estúpido esquece a chave!!!
Moral da história: você pode continuar excedendo às expectativas, mas para os olhos de alguns, você estará sempre abaixo do esperado. Qualquer um pode suportar a adversidade, mas se quiser testar o caráter de alguém, dê-lhe o poder.
Quem conhece os outros é inteligente. Quem conhece a si mesmo é iluminado. Quem vence os outros é forte. Quem vence a si mesmo é invencível!

Tentações

Como precisa adaptar-se aos novos tempos, o Diabo resolveu fazer uma liquidação de grande parte de seu estoque de tentações. Colocou anúncio no jornal, e atendeu os fregueses, em sua oficina, durante todo o dia.
Era um estoque fantástico: pedras para virtuosos tropeçarem, espelhos que aumentavam a própria importância, óculos que diminuíam a importância dos outros. Pendurados na parede, alguns objetos chamavam muita atenção: um punhal de lâmina curva, para ser usado nas costas de alguém e gravadores que só registravam fofocas e mentiras.
- Não se preocupem com o preço! - gritava o velho Satã aos fregueses em potencial. - Levem hoje, paguem quando puder!
Um dos visitantes notou, jogado num canto, duas ferramentas que pareciam muito usadas, e que pouco chamavam a atenção. Entretanto, eram caríssimas. Curioso, quis saber a razão daquela aparente discrepância.
- Elas estão gastas porque são as que eu mais uso - respondeu Satã, rindo. - Se chamassem muito a atenção, as pessoas saberiam como se proteger.
"No entanto, ambas valem o preço que estou pedindo: uma é a Dúvida, a outra é o Complexo de Inferioridade. Todas outras tentações sempre podem falhar, mas estas duas sempre funcionam. "

Questão da prova

Olhem o que um professor é capaz de fazer. O fato narrado abaixo é real e aconteceu em um curso de Engenharia da USJT (Universidade São Judas Tadeu), tornando-se logo uma das "lendas" da faculdade...
Na véspera de uma prova, 4 alunos resolveram chutar o balde: iriam viajar. Faltaram a prova e então resolveram dar um "jeitinho". Voltaram a USJT na terça, sendo que a prova havia ocorrido na segunda. Então dirigiram-se ao professor:
- Professor, fomos viajar, o pneu furou, não conseguimos consertá-lo, tivemos mil problemas, e por conta disso tudo nos atrasamos, mas gostaríamos de fazer a prova.
O professor, sempre compreensivo:
- Claro, vocês podem fazer a prova hoje a tarde, após o almoço.
E assim foi feito. Os rapazes correram para casa e se racharam de tanto estudar, na medida do possível. Na hora da prova, o professor colocou cada aluno em uma sala diferente e entregou a prova:
Primeira pergunta, valendo 1 ponto: algo sobre a Lei de Ohm. Os quatro ficaram contentes pois haviam visto algo sobre o assunto. Pensaram que a prova seria muito fácil e que haviam conseguido se "dar bem".
Segunda pergunta, valendo 9 pontos: "Qual pneu furou?"

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A filosofia do camelo

Uma mãe e um bebê camelo, estavam por ali, à toa, quando de repente o bebê camelo perguntou:
- Por que os camelos têm corcovas?
- Bem, meu filhinho, nós somos animais do deserto, precisamos das corcovas para reservar água e por isso mesmo somos conhecidos por sobreviver sem água.
- Certo, e por que nossas pernas são longas e nossas patas arredondadas?
- Filho, certamente elas são assim para permitir caminhar no deserto. Sabe, com essas pernas longas eu mantenho meu corpo mais longe do chão do deserto que é mais quente que a temperatura do ar e assim fico mais longe do calor. Quanto às patas arredondadas eu posso me movimentar melhor devido à consistência da areia! - disse a mãe.
- Certo! Então, por que nossos cílios são tão longos? De vez em quando eles atrapalham minha visão.
- Meu filho! Esses cílios longos e grossos são como uma capa protetora para os olhos. Eles ajudam na proteção dos seus olhos quando atingidos pela areia e pelo vento do deserto! - respondeu a mãe com orgulho.
- Tá. Então a corcova é para armazenar água enquanto cruzamos o deserto, as pernas para caminhar através do deserto e os cílios são para proteger meus olhos do deserto. Então o que é que estamos fazendo aqui no Zoológico???
Moral da história:
Habilidade, conhecimento, capacidade e experiências, só são úteis se você estiver no lugar certo!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Como vender diamantes

Um famoso negociante de diamantes de Nova Iorque, Harry Winston, ouviu falar de um rico comerciante holandês que estava procurando uma certa espécie de diamante para acrescentar à sua coleção. Winston telefonou para ele, disse-lhe que acreditava ter a pedra perfeita e convidou-o a vir até Nova Iorque para examiná-la.
O colecionador voou até lá e Winston designou um vendedor para encontrá-lo e mostrar-lhe o diamante. Quando o vendedor apresentou o diamante ao comerciante, descreveu a dispendiosa pedra, destacando todas as suas excelentes características técnicas. O comerciante escutou-o e elogiou a pedra, mas recusou-a dizendo: "É uma pedra maravilhosa, mas não é exatamente aquilo que procuro".
Winston, que ficou observando à distância a apresentação, deteve o comerciante a caminho da porta e perguntou: "Importa-se se eu lhe mostrar aquele diamante mais uma vez?" O comerciante concordou e Winston mostrou-lhe a pedra. Porém, em vez de falar nas características técnicas, Winston falou espontaneamente a respeito da sua genuína admiração pelo diamante e de sua rara beleza.
Inesperadamente, o comerciante mudou de ideia e comprou o diamante. Enquanto esperava que o diamante fosse embalado e entregue, o comerciante voltou-se para Winston e perguntou:
- "Por que comprei de você, quando não tive nenhuma dificuldade para dizer não ao seu vendedor?"
Winston respondeu:
- "Aquele vendedor é um dos melhores no mercado e conhece bem mais a respeito de diamantes. Eu lhe pago um bom salário por aquilo que sabe. Mas, eu teria prazer em pagar-lhe o dobro, se pudesse incutir nele algo que tenho e ele não tem. Ele conhece diamantes, mas eu sou apaixonado por eles".

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Socorro do céu

Montado em seu cavalo, o fazendeiro dirigia-se à cidade como fazia frequentemente, a fim de cuidar de seus negócios.
Nunca prestara atenção àquela casa humilde, quase escondida num desvio, à margem da estrada. Naquele dia experimentou insistente curiosidade.
Quem morava ali?
Cedendo ao impulso, aproximou-se. Contornou a residência e, sem desmontar, olhou por uma janela aberta e viu uma garotinha de aproximadamente dez anos, ajoelhada, de mãos postas, olhos lacrimejantes...
- Que faz você aí, minha filha?
- Estou orando a Deus, pedindo socorro... Meu pai morreu, minha mãe está doente, meus quatro irmãos têm fome...
- Que bobagem! - disse o fazendeiro. - O Céu não ajuda ninguém! Está muito distante... Temos que nos virar sozinhos!
Embora irreverente e um tanto rude, era um homem de bom coração. Compadeceu-se, tirou do bolso boa soma em dinheiro e o entregou à menina.
- Aí está. Vá comprar comida para os irmãos e remédio para a mamãe! E esqueça a oração.
Isto feito, retornou à estrada. Antes de completar duzentos metros, decidiu verificar se sua orientação estava sendo observada.
Para sua surpresa, a pequena devota continuava de joelhos.
- Ora essa, menina! Por que não vai fazer o que recomendei? Não lhe expliquei que não adianta pedir?
E a menina, feliz, respondeu:
- Já não estou mais pedindo, estou apenas agradecendo. Pedi a Deus e ele enviou o senhor!

R$ 25,00

Um homem chegou em casa tarde do trabalho, cansado e irritado e encontrou o seu filho de 5 anos esperando por ele na porta.
- "Pai, posso fazer-lhe uma pergunta?"
- "O que é?" - respondeu o homem.
- "Pai, quanto você ganha em uma hora?"
- "Isso não é da sua conta. Porque você esta perguntando uma coisa dessas?", o homem disse agressivo.
- "Eu só quero saber. Por favor me diga, quanto você ganha em uma hora?"
- "Se você quer saber, eu ganho R$50 por hora."
- "Ah..." o menino respondeu, com sua cabeça para baixo.
- "Pai, pode me emprestar R$ 25,00?"
O pai estava furioso: "Essa é a única razão pela qual você me perguntou isso? Pensa que é assim que você pode conseguir algum dinheiro para comprar um brinquedo ou algum outro disparate? Vá direto para o seu quarto e vá para a cama. Pense sobre o quanto você está sendo egoísta. Eu não trabalho duramente todos os dias para tais infantilidades."
O menino foi calado para o seu quarto e fechou a porta.
O homem sentou e começou a ficar ainda mais nervoso sobre as questões do menino.
- Como ele ousa fazer essas perguntas só para ganhar algum dinheiro?
Após cerca de uma hora, o homem tinha se acalmado e começou a pensar.
Talvez houvesse algo que ele realmente precisava comprar com esses R$ 25,00 e ele realmente não pedia dinheiro com muita frequência. O homem foi para a porta do quarto do menino e abriu a porta.
- "Você está dormindo, meu filho?" ele perguntou.
- "Não pai, estou acordado", respondeu o garoto.
- "Eu estive pensando, talvez eu tenha sido muito duro com você a pouco?", afirmou o homem. "Tive um longo dia e acabei descarregando em você. Aqui estão os R$ 25 que você me pediu."
O menino se levantou sorrindo. "Oh, obrigado pai!" gritou. Então, colocando a mão debaixo de seu travesseiro, ele puxou alguns trocados amassados.
O homem viu que o menino já tinha algum dinheiro, e começou a se enfurecer novamente.
O menino lentamente contou o seu dinheiro, em seguida olhou para seu pai.
- "Por que você quer mais dinheiro se você já tinha?" - Gruniu o pai.
- "Porque eu não tinha o suficiente, mas agora eu tenho", respondeu o menino.
- "Papai, eu tenho R$ 50 agora. Posso comprar uma hora do seu tempo? Por favor, chegue em casa mais cedo amanhã. Eu gostaria de jantar com você."
O pai se sentiu destroçado... Ele colocou seus braços em torno de seu filho, e pediu o seu perdão.
É apenas uma pequena lembrança a todos nós que trabalhamos arduamente na vida.
Não devemos deixar escorregar através dos nossos dedos o tempo sem ter passado algum desse tempo com aqueles que realmente importam para nós, os que estão perto de nossos corações.
Não se esqueça de compartilhar esses R$50 no valor do seu tempo com alguém que você ama.

sábado, 3 de dezembro de 2011

O rei e o falcão

Conta a lenda que, certa manhã, o guerreiro mongol Gengis Khan e sua tropa saíram para caçar. Enquanto seus companheiros levavam flechas e arcos, Gengis Khan carregava apenas seu falcão favorito no braço. O animal era melhor e mais preciso que qualquer flecha, porque podia subir ao céu e ver tudo o que o ser humano não conseguia ver.
Entretanto, apesar de todo o entusiasmo, o grupo não conseguiu encontrar nada. Decepcionado, Gengis Khan voltou para o acampamento. Mas, para não descarregar sua frustração em seus companheiros, separou-se da comitiva e resolveu caminhar sozinho.
Gengis Khan permanecera na floresta mais tempo que o esperado e estava extremamente cansado e com muita sede. Por causa do calor do verão, os riachos estavam secos. Ele não conseguia encontrar água para beber, até que avistou um fio de água descendo por um rochedo bem à sua frente. Na mesma hora, retirou o falcão do braço e pegou o pequeno cálice de prata que sempre carregava consigo. Era apenas um fio de água que corria pelo rochedo, por isso ele demorou um longo tempo para ele conseguir encher o cálice. Mas quando estava prestes a levá-lo à boca, o falcão levantou voo e arrancou o copo de sua mãos, atirando-o longe.
Gengis Khan ficou furioso, mas era seu animal favorito, talvez também estivesse com sede. Apanhou o copo, limpou a poeira e tornou a enchê-lo. Após outro tanto de tempo, com a sede apertando cada vez mais e com o cálice já pela metade, o falcão o atacou novamente, derramando o líquido.
Gengis Khan adorava seu animal, mas sabia que não podia deixar-se desrespeitar em nenhuma circunstância, já que alguém podia estar assistindo à cena de longe e mais tarde contaria aos seus guerreiros que o grande conquistador era incapaz de domar uma simples ave.
Desta vez, tirou a espada da cintura, pegou o cálice, recomeçou a enchê-lo. Manteve um olho na fonte e outro no falcão assim que viu ter água suficiente e quando estava pronto para beber, o falcão de novo levantou voo e veio em sua direção Gengis Khan, em um golpe certeiro, atravessou a espada no peito do falcão, matando-o.
Ele retomou o trabalho de encher o cálice. Mas o fio de água havia secado. Decidido a beber aquela água de qualquer maneira, Gengis Khan escalou o rochedo em busca da fonte. Para sua surpresa, havia realmente uma poça de água e, no meio dela, morta, uma das serpentes mais venenosas da regia-o Se tivesse bebido a água, teria morrido imediatamente.
Gengis Khan voltou ao acampamento trazendo o falcão morto nos braços e dizendo para si mesmo:
- Hoje aprendi uma triste lição! Muitas vezes nos precipitamos em jugar e agir, ferindo assim a quem mais nos ama e chega a dar a sua vida por nós...
Ele mandou fazer uma reprodução em ouro da ave e gravou em uma das asas:
"Mesmo quando um amigo faz algo que você não gosta, ele continua sendo seu amigo."
E, na outra:
"Qualquer ação motivada pela fúria é uma ação condenada ao fracasso, pois nem sempre o que parece ser, realmente é!"

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A importância de dizer "Eu te amo"

Depois de 21 anos de casado, descobri uma nova maneira de manter viva a chama do amor.
Há pouco tempo decidi sair com outra mulher. Na realidade, foi idéia da minha esposa.
- Você sabe que a ama - disse-me minha esposa um dia, pegando-me de surpresa. A vida é muito curta, você deve dedicar especial tempo a essa mulher.
- Mas, eu te amo - protestei à minha mulher.
- Eu sei. Mas, você também a ama. Tenho certeza disto.
A outra mulher, a quem minha esposa queria que eu visitasse, era minha mãe, que já era viúva há 19 anos, mas as exigências do meu trabalho e de meus 3 filhos, faziam com que eu a visitasse ocasionalmente.
Essa noite a convidei para jantar e ir ao cinema.
- O que é que você tem? Você está bem? - perguntou-me ela, após o convite. (Minha mãe é o tipo de mulher que acredita que uma chamada tarde da noite,ou um convite surpresa é indício de más notícias.)
- Pensei que seria agradável passar algum tempo contigo! - Respondi a ela.
- Só nós dois. O que acha?
Ela refletiu por um momento.
- Me agradaria muitíssimo - disse ela sorrindo.
Depois de alguns dias, estava dirigindo para pegá-la depois do trabalho, estava um tanto nervoso, era o nervosismo que antecede a um primeiro encontro.
E que coisa interessante, pude notar que ela também estava muito emocionada. Esperava-me na porta com seu casaco, havia feito um penteado e usava o vestido com que celebrou seu último aniversário de bodas. Seu rosto sorria e irradiava luz como um anjo.
- Eu disse a minhas amigas que ia sair com você, e elas ficaram muito impressionadas. - comentou enquanto subia no carro.
Fomos a um restaurante não muito elegante, mas, sim, aconchegante. Minha mãe se agarrou ao meu braço como se fosse "a primeira dama".Quando nos sentamos, tive que ler para ela o menu. Seus olhos só enxergavam grandes figuras.
Quando estava pela metade das entradas, levantei os olhos; mamãe estava sentada do outro lado da mesa, e me olhava fixamente. Um sorriso nostálgico se delineava nos seus lábios.
- Era eu quem lia o menu quando você era pequeno - disse-me.
- Então é hora de relaxar e me permitir devolver o favor - respondi.
Durante o jantar tivemos uma agradável conversa; nada extraordinário, só colocando em dia a vida um para o outro. Falamos tanto que perdemos o horário do cinema.
- Sairei contigo outra vez, mas só se me deixares fazer o convite – disse minha mãe quando a levei para casa.
E eu concordei.
- Como foi teu encontro? - quis saber minha esposa quando cheguei aquela noite.
- Muito agradável. Muito mais do que imaginei.
Dias mais tarde minha mãe faleceu de um infarto fulminante, tudo foi tão rápido, não pude fazer nada. Depois de algum tempo recebi um envelope com cópia de um cheque do restaurante de onde havíamos jantado minha mãe e eu, e uma nota que dizia:
"O jantar que teríamos paguei antecipado, estava quase certa de que poderia não estar ali, por isso paguei um jantar para ti e para tua esposa. Jamais poderás entender o que aquela noite significou para mim. Te amo".
Nesse momento compreendi a importância de dizer a tempo: "EU TE AMO" e de dar aos nossos entes queridos o espaço que merecem.